sábado, 25 de setembro de 2010

Plano de Negócio

O plano de negócios pode ser considerado a principal ferramenta de gestão do empreendedor. Muito se fala a respeito deste documento nos dias atuais, mas poucos empreendedores sabem como elaborar um e por que o plano de negócios pode definir o sucesso ou fracasso de um negócio. Cabe lembrar que não se aplica apenas aos negócios em fase inicial de desenvolvimento, mas pode e deve ser utilizado por qualquer empresa, em qualquer estágio.


A montagem de um bom Plano de Negócios deve ser uma das primeiras ações para a criação de uma empresa. Um Plano de Negocio é a definição e análise por escrito das principais variáveis do negócio.


A elaboração de um Plano de negócio é fundamental para o empreendedor, não somente para a busca de recursos mas, principalmente, como forma de sistematizar suas idéias e planejar de forma mais eficiente, antes de entrar de cabeça em um mercado sempre competitivo.

O seu Plano de Negócio deve ajudá-lo a responder questões importantes relativas ao seu negócio antes de seu lançamento. Não é incomum mudanças profundas no projeto ou até mesmo o abandono da idéia inicial, quando se começa a pesquisar e checar as suposições iniciais para a montagem do Plano de Negócio. É justamente aí, que reside o seu valor: é muito mais fácil modificar um negócio que está apenas no papel do que quando já está funcionando com o comprometimento de parcela expressiva de seus recursos.

Para auxiliar na montagem do plano é importante um modelo que sirva como uma espécie de roteiro na construção de seu Plano de Negócio. No final desta página você vai poder baixar para o seu computador um modelo de Plano de Negócio.
Mas antes, algumas...

Recomendações importantes sobre o Modelo de Plano de Negócios

•Um modelo é exatamente isso que o seu nome diz: um "modelo". Serve para você ter uma visão melhor do que é um Plano de Negócio e eventualmente aproveitar a estrutura ou parte dela adaptada ao "seu negócio"'. Mas cada projeto é único, mesmo que se trate da mesma área de atuação. O fundamental aqui, mais do que a conclusão do Plano, é a pesquisa que você terá que realizar em busca das respostas às inúmeras perguntas que irão surgir e o conseqüente aprendizado resultante desse trabalho. O modelo não é uma camisa de força. Se o seu negócio apresentar peculiaridades em relação ao modelo de plano de negócio apresentado, não hesite em adaptá-lo a suas necessidades específicas.

•Se você estiver pensando em lançar uma pequena empresa ponto.com, não tenha dúvidas, faça você mesmo seu Plano de Negócio. Isso vai lhe dar maior segurança na implantação e direção do projeto. Agora se estamos falando de projetos de maior porte, digamos, alguma coisa envolvendo mais de dois dígitos (em milhares) é bom procurar especialistas. Mas mesmo nesse caso, é muito importante o seu envolvimento pleno na elaboração do Plano.

•Se você pretende usar o seu Plano de Negócio para levantar recursos, é ótimo que você capriche na apresentação, porém, mais importante que isso é a consistência dos dados que embasarão o seu projeto. Seja conservador em suas análises e, principalmente, em suas estimativas financeiras, pois a fase da euforia já passou. Além disso, essa é a forma correta de se planejar no mundo real dos negócios e vai dar credibilidade ao seu Plano de Negócio.

•E por fim, não se assuste se mesmo tendo pesquisado e planejado exaustivamente, você tiver que alterar parcialmente seu projeto depois de lançado o negócio. Isso é absolutamente normal. Afinal de contas, se não houvesse incerteza, não haveria riscos, e se não houvesse riscos, não haveria o lucro.


Click no link de um Modelo de Plano de Negócios para empresas

PDF] Modelo de Plano de Negócios

sábado, 18 de setembro de 2010

Revista Marketing

A combinação perfeita
Com apenas 27 anos, os sócios Alexandre Tenenbaum e Bruno Grossman já criaram um case de sucesso: a marca Yoggi


Uma das leis que regem o mundo do marketing é a “lei da liderança”. Descrita por Al Ries e Jack Trout no livro "As 22 consagradas leis do marketing", a regra mostra que mais importante do que diferenciar um produto de seu concorrente é descobrir em que categoria ele pode ser o número um. “Estabelecer a liderança de um produto em determinado setor é fundamental para uma estratégia de marketing bem-sucedida. A questão não é convencer os clientes de que temos o melhor produto ou serviço, porque é mais importante ser o primeiro do que ser o melhor”, explicam os autores em um dos capítulos da obra que virou referência no segmento.

Foi isso que Alexandre Tenenbaum e Bruno Grossman, dois jovens empreendedores brasileiros, fizeram no fim de 2008, quando decidiram abrir a primeira loja especializada na venda de sorvete de iogurte, o famoso frozen yogurt. Como não dava mais para ser o número 1 no Brasil, porque a Yogoberry já havia conquistado esse posto, eles optaram por criar uma nova categoria ao lançar a Yoggi, a primeira marca de sorvete de iogurte 100% brasileira e a única que conta com fabricação própria e sabores típicos do Brasil, como o frozen de jabuticaba.

Em menos de um ano e meio, o estabelecimento instalado no Leblon, um dos mais badalados bairros do Rio de Janeiro, atraiu a atenção de investidores, que passaram a abrir franquias da marca. Hoje, a Yoggi possui 20 unidades em diversas regiões do País e três novos sócios, Luciano Huck, Bernardinho e Alexandre Accioly, que assumiram o desafio de transformar o negócio regional na primeira grife nacional de produtos à base de iogurte. Agora, a marca se prepara para entrar com força total no mercado paulista. Com um investimento de R$ 1 milhão em marketing, a Yoggi marcará presença na mídia com uma série de ações diferenciadas, como um merchandising especial na novela “Ti Ti Ti”, trama que estreia na Rede Globo no horário das 19h, no lugar de “Tempos Modernos”. Nesta entrevista, os amigos de infância Alexandre Tenenbaum e Bruno Grossman explicam o detalhado plano de negócios que desenvolveram para a marca nos próximos anos.


Anna Gabriela Araujo e Claudia Pereira


Marketing – Como surgiu a ideia de investir em uma rede de lojas especializada em sorvetes de iogurte?

Alexandre Tenenbaum – Desde os 25 anos, eu e o Bruno prestamos consultoria de varejo para pequenas e médias empresas. Nosso objetivo sempre foi abrir um negócio para poder aplicar nossas teorias em todas as áreas da empresa. O frozen yogurt nos atraiu pela simplicidade do negócio e pela possibilidade de montar uma rede de lojas.

Bruno Grossman – O frozen yogurt existe há mais de dez anos nos Estados Unidos e na Coreia do Sul. Em viagens ao exterior, notei que esse é um produto que tem a cara do brasileiro, principalmente porque aqui temos o chamado “comportamento farofa”. O brasileiro gosta de misturar sabores, como arroz, feijão, farofa, banana e macarrão, e colocar tudo em um mesmo prato. Esse foi um dos motivos do sucesso da franquia Spoletto, e o iogurte permite essa personalização do produto, além de ser um alimento saudável, gostoso e alegre. A vinda do frozen yogurt para o Brasil era apenas uma questão de como encaixar toda essa linguagem diferenciada em uma marca brasileira.


Marketing – A fábrica foi a maneira para diferenciar a Yoggi entre tantas outras marcas de sorvete de iogurte que invadiram o mercado nacional nos últimos dois anos?

Tenenbaum – A fábrica faz parte de um grande plano de negócios, que tem como pilar a criação de uma marca brasileira, com sabores do Brasil, como é o caso do frozen de jabuticaba. Entramos nesse negócio sem medo de explorar a nossa brasilidade. Agora, estamos investindo R$ 1 milhão em marketing para transformar a Yoggi em uma marca nacional, com cara de Brasil. Esse é um projeto de construção de marca que engloba um planejamento de 360 graus e envolve desde a reestruturação do logotipo da Yoggi até a linguagem de comunicação impressa no interior de nossas lojas, passando pela forma como os funcionários se vestem e abordam os clientes. Em paralelo, vamos fazer um grande investimento em propaganda para lançar a marca no Brasil, até porque hoje nenhuma das marcas que atuam no segmento tem uma identidade nacional. Já estamos presentes nas cinco regiões do País com nossas lojas e vamos ser os primeiros a ter uma imagem associada com a cara do Brasil.

Grossman – Já começamos a construir essa imagem há um ano e meio, quando inauguramos a primeira loja, no bairro do Leblon, em um ponto onde circulam muitos artistas, jornalistas, atletas e formadores de opinião. Era uma loja pequena, com 30 metros quadrados, mas que recebeu um grande investimento em marketing para causar impacto, gerar comentário e atrair os consumidores. Somos uma operação de um produto só. Por um lado é bom porque a operação é simplificada, mas por outro é ruim, uma vez que ficamos dependentes de um único produto. Se o fornecedor não entrega a matéria-prima, a loja fecha. Tínhamos que garantir esse fornecimento, por isso decidimos investir em uma fábrica própria, que vai além da estrutura física. Investimos também em capital intelectual, em engenheiros de alimentos, flavoristas, pesquisas e desenvolvimento de novos produtos. Com isso conseguimos criar sabores ajustados ao nosso planejamento de marca, como os iogurtes de jabuticaba e de manga. Agora, estamos lançando os sabores de inverno, como o iogurte de chocolate belga. Este é o primeiro produto light, com baixa caloria, zero de gordura, saudável e que não sacrifica o sabor. Temos produtos para todo tipo de público, desde aquele consumidor que quer algo light até aquele que deseja algo mais calórico e coloca no sorvete de iogurte chocolate e farofa de paçoca. Nossa marca quer falar com todo mundo, o objetivo é ser o McDonald’s do frozen yogurt. Adotamos uma linguagem popular para incentivar o consumo do produto porque queremos estar em todos os pontos do Brasil.



Marketing – Como essa verba de marketing será dividida?

Tenenbaum – Teremos uma campanha publicitária, com três meses de veiculação, que irá envolver anúncios de mídia impressa, digital, eletrônica e cinema. A maior parte da verba será destinada para a tevê, pois o objetivo da marca é conquistar visibilidade nacional. Também vamos fazer parte do cenário de “Ti Ti Ti”, a próxima novela das 19h a ser exibida pela Rede Globo. Essa é mais do que uma ação de merchandising, já que a nossa loja será um dos estabelecimentos da cidade em que a trama irá se desenvolver. Muitos personagens vão aparecer consumindo o sorvete de iogurte da Yoggi.

Grossman – A loja será uma espécie de “personagem” da novela, que é uma comédia sobre o universo da moda. Esse é um produto novo e, se queremos crescer no País, temos que ensinar o brasileiro a consumir o frozen yogurt. Para tanto, nada melhor do que inserir a marca dentro de uma novela da Globo. A participação na novela será um divisor de águas para a Yoggi no mercado nacional


Marketing – Com isso a marca pretende atrair o público da classe C, mesmo com o sorvete de iogurte sendo um produto de custo elevado?

Grossman – Não vejo dessa forma. Você sabe quanto custa um milkshake do Bob’s? McDonald’s e Bob’s estão em todas as praças do Brasil e o milkshake não sai por menos de R$ 7,50. O produto mais barato da Yoggi custa R$ 6. O público está disposto a pagar mais por um produto diferenciado, e preço comunica, é um dos atributos de marca. O sorvete tradicional é R$ 6; o nosso é R$ 8. Isso significa que o preço está na média, além de ser um produto diferenciado, gostoso, saudável e que permite personalização.


Marketing – Algumas pesquisas revelam que muitos não estão dispostos a pagar R$ 8 no seu produto e a justificativa é: como um sorvete de iogurte pode custar esse preço?

Grossman – Tratando o assunto do ponto de vista da psicologia, esse é um motivo patente e não latente. Temos o desafio de trazer o público masculino para perto da marca, que hoje conversa mais com as mulheres. Temos um produto com uma imagem feminina, uma loja alegre, colorida e clean. Nossa marca é 60% feminina e precisamos equilibrar isso. Preciso falar mais de futebol...



Marketing – Que agência vocês escolheram para colocar todo esse planejamento de marketing em prática?

Tenenbaum – A agência que cuida da nossa marca é a KongRex, que é especializada em design, mas para essa nova fase estamos montando uma estrutura de marketing diferenciada. Teremos uma agência de propaganda, que ainda está em processo de definição, além de outras agências prestando serviços específicos de marketing.


Grossman – Soltamos o briefing no mercado publicitário e agora estamos analisando as ideias criativas que estão chegando. O fato é que precisamos criar uma linguagem que faça com que a marca se comunique com todos os brasileiros. Esse processo envolve desde o visual da loja, que precisa ser convidativo, até o anúncio que será exibido na televisão. Já visitei três agências de publicidade, junto com o Luciano Huck, mas ainda não definimos quem ficará com a conta. A única coisa que posso adiantar é que será uma agência de São Paulo.


Marketing – Esse novo posicionamento de marketing prevê também a reestruturação do portfólio de produtos da marca?


* O texto completo desta reportagem você confere na edição impressa da revista Marketing, publicada em julho de 2010.

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